sexta-feira, 21 de junho de 2013

O que o Senhor diz? Manifestações Políticas

Bom Sábado Pessoal!
Mais uma semana se passou, espero que estejam todos bem. Foi uma semana bem corrida...Queria dizer que me dedicarei mais nas férias aqui para o site.

Hoje, ao ler meu feed de notícias no Facebook, como faço regularmente, notei um texto interessantíssimo do Pr. Felipe Masotti, da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Onde ele procura relacionar as manifestações em ocorrência no Brasil, com o que o Senhor diz. 

Leia com atenção:

"Durante essa madrugada estive pensando em meus dois povos, o brasileiro e o cristão. O Senhor acordou-me bem de manhãzinha e me permitiu ter momentos de reflexão a respeito do papel do último em relação ao primeiro.

O texto que o Senhor me deu nessa manhã foi Isaías 58. Fiquei impressionado com a maneira pela qual Deus se expressa nesse capítulo. Um pouco de estudo do livro de Isaías basta para perceber que, neste livro, Deus fala com Seus súditos como um rei entronizado em seu palácio (em verdade, essa perspectiva está presente na maioria dos livros proféticos).

O rei, então, inicia o capítulo 58 pedindo para que seus atalaias anunciem ao povo “a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados”. Seria de se esperar, nesse momento que uma série de pecados fossem apresentados, mas repare na transgressão da qual o povo é acusado:

“Todavia me procuram cada dia, tomam prazer em saber os meus caminhos, como um povo que PRATICA A JUSTIÇA, e não deixa o direito do seu Deus; perguntam-me pelos DIREITOS DE JUSTIÇA, e têm prazer em se achegarem a Deus, dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos as nossas almas, e tu não o sabes?” (vv. 2-3b)

O pecado deles era a busca da justiça? Ou o prazer em se achegar a Deus com questões sobre seu jejum não respondido? Em realidade, a sequência dos versos 3 e 4 esclarece a questão afirmando que o jejum deles, ou a sua busca pela justiça e por Deus, era para a causa própria, para “contendas e debates” e para “ferir com punho iníquo” (v. 4). E isso caracterizava a sua busca essencialmente como pecaminosa.

Antes que você pense que estou utilizando esse texto bíblico para ferir a democracia ou atacar o direito de manifestação, eu gostaria de lhe dizer que não! Não, o texto não ataca o direito, e o dever, que o israelita e nós, crentes na Palavra, temos em relação à nação em que vivemos. Em realidade, Isaías 58 versa sobre como o Rei daquela nação, e meu Rei, gostaria de ver a justiça acontecendo.

Perceba o contraponto divino para o suposto comportamento “JUSTO” de Seu povo (jejuando e requerendo de Deus respostas e ações):

Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne? (vv. 6-7)

Esses dois versos contêm um paralelismo que mostra “o que” deveria ser feito e “como” isso deveria ocorrer. A nação deveria se preocupar em combater opressão! Mas isso deveria ocorrer através da RESPONSABILIDADE PESSOAL, com cada israelita atendendo ao faminto, aos pobres e aos necessitados de provento de quaisquer espécies.

A meu ver esse capítulo é um grande chamado para que sejamos conscientemente ativos em promover a ordem e a justiça na comunidade em que vivemos. Assim, como o antigo Israel seria uma luz ao mundo, aquele que acredita na Palavra pode entender que através de sua responsabilidade com aqueles que o rodeiam será o exemplo genuíno de uma revolução nos moldes da Bíblia.

Até porque, essa é justamente a promessa de Isaías 58. Quando o povo entendesse sua RESPONSABILIDADE PESSOAL para com seu próximo aconteceria o seguinte:



Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua JUSTIÇA irá adiante de ti, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda.


E o melhor é que o capítulo prossegue dizendo que, como fruto da RESPONSABILIDADE PESSOAL, gerações e gerações de cidadãos mudariam o quadro de injustiça social e, por fim, o Rei seria honrado:

E os que de ti procederem edificarão as antigas ruínas; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar. (v. 12)

É! Creio piamente que somos cidadãos do Céu. Deveríamos viver como tal e nos importando somente com as coisas de lá. A situação, porém, é que vivemos aqui e o Céu está todo envolvido com as coisas que acontecem AQUI. Isso nos mostra que devemos ter responsabilidade para com aqueles a quem pretendemos salvar. Devemos exercer nossa cidadania em atitudes como o pagamento correto de impostos, destinação correta de lixo, participação em referendos e em votações, etc.

Agora, se ao ler esse texto você acha que de maneira indireta eu demonstrei ser contrário à participação de cristãos genuínos nas recentes manifestações de nosso país, esteja certo que sim, eu sou! Pois, para mim, à luz deste e de outros textos, o Senhor deseja que nos envolvamos com a comunidade e a influenciemos a partir de nossas ações pessoais, preservando o direito de manifestação, mas nos abstendo de nos unir a movimentos que contrariem lógica dos fatos, a efetividade de uma possível mudança e, sobretudo, o testemunho coerente e racional de alguém que serve o Senhor dos Exércitos. E isso é o que está acontecendo nas ruas do Brasil!

Por fim, qual o papel do povo cristão em relação ao meu amado povo brasileiro? Portar a cidadania e a dignidade celestes em meio a uma sociedade terrestre, pois em breve (e mesmo que não, eu esperarei) ambas serão a mesma.


Nenhum comentário:

Postar um comentário